domingo, maio 31, 2015

Entrevista de Maio/2015


REVISTA JORRES
ENTREVISTAS & CONQUISTAS


56ª Edição: Maio/2015


VINICIUS FABREAU

Um coração destemido. Hoje ele está de volta à primeira família que o acolheu, o Arcanjos Urbanos, mas no meio desse caminho, o Fabreau passou pelo Jorres e deu a sua contribuição para o crescimento da nossa família também.
Ser Jorres e ser Arcanjos nos mostra apenas uma coisa: Como é bom ser de Deus! 
Confira:  


J: Quem você acha que é o Vinicius aos olhos de Deus?

VF: Acredito que Deus olha para mim com esperança. Aliás, esperança poderia ser o sobrenome de Deus, né? Costumo dizer que minha experiência com Deus é como o encontro com alguém que sempre esteve me esperando e continua a me esperar. Quando olho para cruz, percebo que Deus não espera por mim. Na verdade, o verbo do Senhor é ‘esperançar’, em outras palavras, enquanto espera por mim, Ele trabalha por mim. Mas que tipo de trabalho? É trabalho de cruz, dolorido sim. Mas é a cruz que gera ressurreição. Esse é o Vinícius aos olhos de Deus, aquele que recomeça a cada manhã.

J: Como foi sua entrada no Jorres?

VF: Em Julho de 2010, resolvi participar de uma missa na Comunidade Maria Mãe da Igreja, estava passando por um momento de turbulência na caminhada que vinha fazendo em minha comunidade. Após esta missa, decidi participar ali, onde servi como acólito e comecei a preparação para o Crisma e logo comecei a participar do grupo.

J: O que você aprendeu no Jorres? 

VF: Vixe! O Jorres é algo que a gente não consegue descrever de tão dinâmico. Vejo este grupo, nas suas vitórias e derrotas como o dinamismo do Espírito de Deus que age na história. Aprendi ali, entre encontros “na salinha” e na Igreja, que o jovem reunido e renovado não pode tirar os olhos da Virgem Maria que é mãe da Igreja.

J: Relembre-nos um momento que você viveu no Jorres.

VF: Minha memória é uma fotografia. Uma coisa que sempre me marcou nos grupos de jovens, seja no Arcanjos Urbanos ou no Jorres, eram os encontros fora da Igreja, na casa das pessoas. A única experiência que tive assim no Jorres, foi logo no início. Fomos visitar a casa de uma cursista (foto abaixo) do “badalado” 10º TLC (risos). Não lembro exatamente o que se passou ali, mas quando olho para esta foto abaixo, percebo o quanto Deus é simples. Muito tempo depois, tive a graça de servir em um TLC com a cursista que foi visitada naquele dia e tive a certeza: Deus não erra. 



J: Nos conte um pouco de sua vida pessoal e profissional:

VF: Que vida, gente? Recentemente recebi duas grandes graças: ser estudante de Jornalismo e exercer o ofício na Agência Mater Dei. Posso fazer o que gosto, evangelizando sobre a proteção da Mãe de Deus. Tem coisa melhor? Escrever e falar sobre e com Deus é o que me deixa mais feliz atualmente.

J: Fale-nos um pouco sobre sua experiência com Deus na sua caminhada e também no período do seminário: 

VF: Conheci os frades, porque tinha um pessoal no Jorres que sempre ia se confessar no Convento São Francisco e eu criticava horrores (risos). Um dia resolvi ir também, neste tempo já tinha feito TLC e voltado para minha comunidade. Mas sabe, naquele dia, Deus me pediu algo mais. Eu disse sim. Morei dois anos no Seminário São Francisco de Assis em Ituporanga-SC. Uma cidade pequena, mas com fé gigante. Lá, na simplicidade e na pobreza fui formado, como diz São Francisco, pelo “espírito de Deus e seu santo modo de operar”. Sou muito grato por todo bem que a Ordem dos Frades Menores gerou em meu coração. 

J: Qual é o chamado do Vinicius e para onde ele está sendo direcionado? 

VF: Sou chamado para servir, seja onde for e como for. Sabe, encontrei-me com Jesus no dia 01 de Outubro de 2011 por intermédio do Jorres, numa casa que fica no Embu. Naquela ocasião Ele me contou uma história de um rapaz que vendeu tudo e abandonou seu tesouro. Mas ele percebeu que já não poderia viver mais sem este amor e resolve retornar como servo. Eu sou esse “cara” que descobre que para ter o seu tesouro mais precioso precisa servir ao amado Rei, decididamente. 

J: Quais as dificuldades de testemunhar que somos de Deus nos dias atuais? 

VF: Acredito que a dificuldade está em encontrar Deus nas coisas do dia a dia. Nós gostamos de separar as coisas, mas não é essa a lógica de um criador que se fez criatura. Mesmo que pareça impossível vencer a tempestade é preciso remar. Às vezes, nosso Deus dorme no barco. Aliás, remar é urgente em um mundo que parece morrer afogado em seus próprios medos. 



J: Conte como é a experiência de ser um acólito? 

VF: Comecei a servir o altar com nove anos de idade. Em torno dos altares aprendi a ser cristão. Eu amo, porque no momento da consagração, mesmo com meus erros, consigo estar tão perto daquele que se fez tudo em tão pouco, um pedaço de pão. Este mistério me ensina em cada Santa Missa que para alcançar as grandes coisas é preciso ser pequeno. Eu sou isso mesmo, bem pequeno, como Zaqueu. Além de filho pródigo, faço “bico” de Zaqueu nas horas vagas... (risos) Vou revelar um segredo: cada vez que tenho que servir, gaguejo e fico tremendo, como da primeira vez. J: Qual é o milagre em sua vida você atribui à Virgem Maria?

VF: Pregar. É sensacional. Porque eu não preparo nada, nem decoro. Nem segurar em um microfone eu consigo, porque eu tremo muito. Mas eu sinto que a Virgem Maria sopra as palavras certas no meu ouvido e me ensina que depois de falar, é momento de silenciar. Este silêncio é o momento mais precioso depois de uma pregação, porque é nesta hora que o espírito me refaz. Nossa Senhora Virgem do Silêncio, rogai por nós que recorremos a vós!






Edição, Redação, Fotos e Idealização: Ministério Jorres de Comunicação

 Deus abençoe todos os nossos leitores ; D

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